A síndrome do objeto brilhante

É certo que nós multipotenciais já conhecemos sobre as inúmeras vantagens dos nosso múltiplos talentos e habilidades. Mas todo esse talento e habilidade para desenvolver variadas áreas de atuação também traz consigo um problema para o qual precisamos estar sempre atentos: A síndrome do objeto brilhante.

Entendendo a síndrome do objeto brilhante:

Imagine uma criança sendo atraída pelo brilho de um determinado objeto. Ela faz de tudo para alcançar o objeto e, quando consegue, logo perde o interesse e se volta ao próximo objeto que atraia sua atenção. Conseguiu imaginar?É exatamente isso que acontece com nós multipotenciais e é assim que nossa multipotencialidade pode nos colocar em armadilhas se não soubermos reconhecer esses “objetos brilhantes”.

Há muitas coisas que podemos fazer para evitar a síndrome do objeto brilhante e uma delas é nos disciplinar a focar nossas atenções às coisas que realmente nos interessam. Eu disso “que nos interessam” pois temos mania de não saber ao certo o que são nossas paixões e interesses do que são apenas curiosidades para nós.

O que fazer?

Para isso, a primeira coisa que você deve fazer é refletir e se perguntar:

“Isso que brilha diante de mim e que me faz querer abraçar é realmente algo que me interessa ou é simplesmente uma curiosidade?”.

Aprende a diferenciar Paixão x Interesse x Curiosidade AQUI!

Essa é uma pergunta chave e refletir sobre ela vai definir quais projetos serão de fato priorizados e, eventualmente, finalizados.

A ideia aqui não é limitar você, é te ajudar a diminuir ao máximo aquelas empreitadas que você facilmente largaria no meio do caminho por se tratar apenas de uma curiosidade   —  principais sintomas da síndrome do objeto brilhante.

Pensou bem na pergunta? Refletiu bastante? Então é hora de usar uma outra palavra de ordem: estratégia.

Quando um novo objetivo brilhante surgir, pense:

Essa nova ideia precisa ser colocada no mundo agora ou você pode esperar um pouquinho mais? Se a resposta for sim, pense sobre como esse novo projeto pode complementar outros projetos e interesses que você já tem em curso. Se a resposta para essa indagação for negativa, não hesite em abandonar o barco sem culpa. O fato de sermos multipotenciais não pode ser uma justificativa para sair atirando para todos os lados, sem foco e nem eficácia.

A cada projeto que iniciamos e deixamos de concluir, perdemos um tempo precioso que poderia ter sido usado em algo que atendesse os nossos objetivos e realizasse nossos sonhos. E esse é um dos mais onerosos custos da síndrome do objeto brilhante: a imensurável perda de tempo.

Nem todo objeto brilhante significa uma possibilidade sólida. É imprescindível que você avalie o seu momento de vida e leve isso em consideração antes de tomar suas decisões.

Poucas coisas são tão inúteis quanto investir nosso tempo em algo que não precisamos ou que não nos vai trazer nada além daquela efêmera sensação de bem estar que temos quando começamos algo novo.

Você não tem começar algo novo toda hora, mas sim, investir naquilo que vai ser realmente útil para você no médio e longo prazo.

Não é fácil, eu sei. Mas como multipotenciais, nós temos a chance de combinar nossos diversos interesses para encontrar ideias realmente originais. Para isso, devemos levar adiante os projetos que julgarmos importantes, baseados nas reflexões que eu propus nesse texto.

Agora você tem duas alternativas: sair por aí tentando sempre começar algo do zero ou; colocar seu tempo e seu coração a serviço da conclusão de projetos importantes.

Você já sabe qual das duas vai escolher? Eu tenho certeza que sim!!!

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Beijos, Carol